Concordância Verbal E Nominal – Conjugação De Verbos: dominar a gramática portuguesa requer entender a harmonia entre sujeito e verbo, substantivo e adjetivo. Este guia mergulha no universo da concordância verbal e nominal, explorando as regras básicas, conjugações verbais (regulares e irregulares) e casos especiais que frequentemente geram dúvidas. Prepare-se para aprimorar suas habilidades gramaticais e escrever com mais precisão e segurança!

Vamos desvendar os mistérios da concordância, desde os casos mais simples até as nuances que exigem atenção especial. Aprenderemos a conjugar verbos regulares e irregulares, identificando as irregularidades e aplicando-as corretamente em diferentes tempos verbais. Através de exemplos práticos e tabelas, você compreenderá a lógica por trás da concordância e evitará erros comuns.

Regras Básicas de Concordância Verbal e Nominal

A concordância verbal e nominal é fundamental para a clareza e correção gramatical de qualquer texto em português. Ela garante a harmonia entre os termos da oração, evitando ambiguidades e construções incorretas. Compreender as regras básicas de concordância é essencial para uma escrita eficaz e precisa.

Concordância Verbal

Concordância Verbal E Nominal - Conjugação De Verbos

A concordância verbal estabelece a relação de harmonia entre o verbo e o sujeito da oração. O verbo deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira) com o sujeito. Em sujeitos simples, a concordância é direta. Já em sujeitos compostos, as regras são mais complexas, dependendo da posição e da conexão entre os núcleos do sujeito.

Exemplo Sujeito Verbo Concordância
O gato mia. O gato mia Correta
Os gatos miam. Os gatos miam Correta
Maria e João estudam. Maria e João estudam Correta
O livro e a caneta estão na mesa. O livro e a caneta estão Correta
A aluna ou os alunos farão a prova. A aluna ou os alunos farão Correta

Concordância Nominal

Concordância Verbal E Nominal - Conjugação De Verbos

A concordância nominal se refere à harmonia entre as palavras que se modificam na frase, principalmente entre substantivo e adjetivo, artigo e pronome. Em geral, o adjetivo, o artigo e o pronome concordam em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com o substantivo a que se referem.A concordância nominal pode apresentar algumas particularidades, dependendo da construção da frase e da relação entre os termos.

Exemplos de concordância correta e incorreta são apresentados a seguir:

  • Concordância Correta: Comprei dois carros novos. (dois e novos concordam com carros)
  • Concordância Correta: A casa e o jardim bonitos. (bonitos concorda com casa e jardim)
  • Concordância Correta: Ela mesma fez o bolo. (mesma concorda com ela)
  • Concordância Incorreta: Comprei dois carro novo. (novo não concorda com dois carros)
  • Concordância Incorreta: A casa e o jardim bonito. (bonito não concorda com casa e jardim)
  • Concordância Incorreta: Eles mesmo fizeram o trabalho. (mesmo não concorda com eles)

Comparação entre Concordância Verbal e Nominal

Tanto a concordância verbal quanto a nominal buscam a harmonia entre os termos da oração, garantindo a clareza e a correção gramatical. A principal diferença reside nos termos envolvidos: a concordância verbal se refere à relação entre verbo e sujeito, enquanto a concordância nominal abrange a relação entre substantivo e seus modificadores (adjetivos, artigos, pronomes). Ambas, no entanto, seguem princípios de concordância em gênero e número, embora as regras específicas apresentem nuances e exceções em cada caso.

A concordância correta em ambas é crucial para a construção de frases bem formadas e sem ambiguidades.

Conjugação de Verbos Regulares e Irregulares

A conjugação verbal é fundamental para a correta construção de frases em português. Compreender a diferença entre verbos regulares e irregulares, e suas respectivas conjugações, é crucial para uma escrita e fala fluentes e precisas. Este guia aborda a conjugação de verbos regulares e irregulares em tempos verbais importantes, fornecendo exemplos práticos para melhor compreensão.

Conjugação de Verbos Regulares no Presente do Indicativo, Presente do Subjuntivo e Imperativo Afirmativo

A conjugação de verbos regulares segue padrões previsíveis, baseados nas suas terminações no infinitivo. Os verbos regulares são classificados em três conjugações, de acordo com a terminação do infinitivo: -ar (1ª conjugação), -er (2ª conjugação) e -ir (3ª conjugação). A seguir, apresentamos a conjugação de alguns verbos regulares em diferentes tempos verbais.

Presente do Indicativo: Neste tempo, descrevemos ações que ocorrem no momento da fala. Observe a regularidade das terminações:

Verbo Amar (1ª conjugação): eu amo, tu amas, ele/ela/você ama, nós amamos, vós amais, eles/elas/vocês amam.

Verbo Vender (2ª conjugação): eu vendo, tu vendes, ele/ela/você vende, nós vendemos, vós vendeis, eles/elas/vocês vendem.

Verbo Partir (3ª conjugação): eu parto, tu partes, ele/ela/você parte, nós partimos, vós partis, eles/elas/vocês partem.

Presente do Subjuntivo: Este tempo expressa desejo, dúvida ou possibilidade. As terminações também seguem padrões regulares, embora difiram do indicativo:

Verbo Amar (1ª conjugação): que eu ame, que tu ames, que ele/ela/você ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles/elas/vocês amem.

Verbo Vender (2ª conjugação): que eu venda, que tu vendas, que ele/ela/você venda, que nós vendamos, que vós vendais, que eles/elas/vocês vendam.

Verbo Partir (3ª conjugação): que eu parta, que tu partas, que ele/ela/você parta, que nós partamos, que vós partais, que eles/elas/vocês partam.

Imperativo Afirmativo: Este modo verbal expressa ordem ou pedido. As formas do imperativo afirmativo são derivadas do presente do subjuntivo, com algumas variações:

Verbo Amar (1ª conjugação): ama (tu), ame (você), amemos (nós), amai (vós), amem (vocês).

Verbo Vender (2ª conjugação): vende (tu), venda (você), vendamos (nós), vendei (vós), vendam (vocês).

Verbo Partir (3ª conjugação): parte (tu), parta (você), partamos (nós), parti (vós), partam (vocês).

Conjugação de Verbos Irregulares no Presente do Indicativo

Verbos irregulares não seguem padrões regulares de conjugação. Suas formas flexionadas apresentam alterações significativas em relação ao infinitivo. A tabela a seguir ilustra a conjugação de três verbos irregulares importantes no presente do indicativo: ser, ter e ir.

Pronome Ser Ter Ir
Eu sou tenho vou
Tu és tens vais
Ele/Ela/Você é tem vai
Nós somos temos vamos
Vós sois tendes ides
Eles/Elas/Vocês são têm vão

Formação do Futuro do Presente e do Pretérito Perfeito do Indicativo, Concordância Verbal E Nominal – Conjugação De Verbos

Concordância Verbal E Nominal - Conjugação De Verbos

A formação do futuro do presente e do pretérito perfeito do indicativo varia para verbos regulares e irregulares.

Futuro do Presente (Verbos Regulares): O futuro do presente é formado adicionando-se as desinências ao infinitivo. Para verbos em -ar, as desinências são: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão. Para verbos em -er e -ir, as desinências sofrem pequenas adaptações. Exemplo: Cantar: cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis, cantarão.

Futuro do Presente (Verbos Irregulares): A conjugação do futuro do presente para verbos irregulares é irregular e deve ser memorizada. Exemplo: Ser: serei, serás, será, seremos, sereis, serão.

Pretérito Perfeito (Verbos Regulares): O pretérito perfeito indica uma ação concluída no passado. Para verbos regulares, forma-se conjugando o auxiliar “ter” ou “haver” no presente do indicativo e o particípio passado do verbo principal. Exemplo: Cantar: Eu cantei (eu + tenho + cantado), tu cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.

Pretérito Perfeito (Verbos Irregulares): A conjugação do pretérito perfeito para verbos irregulares envolve a conjugação do auxiliar e a forma irregular do particípio passado. Exemplo: Ser: Eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós fostes, eles foram.

Casos Especiais de Concordância: Concordância Verbal E Nominal – Conjugação De Verbos

A concordância verbal e nominal, embora apresente regras gerais, possui exceções e casos especiais que exigem atenção e análise cuidadosa. Compreender esses casos é fundamental para garantir a correção gramatical e a clareza da escrita e da fala. A seguir, serão abordados alguns desses casos especiais, com exemplos e justificativas baseadas em gramáticas normativas.

Concordância com Sujeito Coletivo

Concordância Verbal E Nominal - Conjugação De Verbos

A concordância verbal com sujeito coletivo admite duas possibilidades: a concordância com o núcleo do sujeito (no singular) ou com a ideia de pluralidade que ele expressa (no plural). A escolha entre uma ou outra forma depende do contexto e do efeito de sentido que se deseja alcançar. Se o coletivo for usado em sentido unitário, a concordância se faz no singular.

Se a ênfase recai sobre os elementos que compõem o coletivo, a concordância se faz no plural. Por exemplo: “A multidão aplaudiu o artista” (singular, ênfase na unidade da multidão) versus “A multidão aplaudiram o artista” (plural, ênfase nos indivíduos que compõem a multidão). A gramática normativa aceita ambas as construções, desde que coerentes com o contexto.

Concordância com Sujeito Oracional

O sujeito oracional, ou seja, uma oração que funciona como sujeito da oração principal, exige que o verbo da oração principal fique na terceira pessoa do singular. Exemplo: “É importante que todos estudem.” Aqui, a oração “que todos estudem” é o sujeito da oração principal “É importante”. Independentemente do número de elementos na oração subordinada, o verbo da oração principal concorda com o sujeito oracional como um todo.

Segundo a gramática tradicional, esta regra é fundamental para manter a clareza sintática.

Concordância com Verbos Impessoais

Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito e, portanto, ficam sempre na terceira pessoa do singular. O verbo “haver” no sentido de “existir” ou “ocorrer” é um exemplo clássico: “Havia muitos alunos na sala.” Outro verbo impessoal comum é o “fazer” indicando tempo decorrido: “Faz três meses que não o vejo.” Nestes casos, a concordância é invariável, independentemente do contexto.

A gramática normativa estabelece a impessoalidade desses verbos como regra inquestionável.

Concordância com Expressões Partitivas

Expressões como “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande parte de” podem apresentar concordância verbal tanto no singular quanto no plural, dependendo da ênfase. Se a ênfase recai sobre a totalidade, a concordância se faz no singular. Se a ênfase recai nos elementos que compõem o todo, a concordância se faz no plural. Exemplo: “A maioria dos alunos aprovou na prova” (singular, ênfase na maioria como um todo) vs.

“A maioria dos alunos aprovaram na prova” (plural, ênfase nos alunos individualmente). A flexibilidade de concordância neste caso é amplamente aceita pela gramática moderna.

Concordância com Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento (você, senhor, senhora, Vossa Excelência, etc.) exigem concordância verbal na terceira pessoa, apesar de se referirem à segunda pessoa gramatical. Exemplo: “Vossa Senhoria está satisfeito com o resultado?”. A concordância se faz com a forma de tratamento, e não com a pessoa a quem se dirige. Esta regra é tradicionalmente seguida na língua portuguesa formal.

Concordância Nominal Aparentemente Incorreta

“A concordância nominal pode se flexionar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere, mas existem casos em que a concordância não se dá exatamente com o substantivo, e sim com o sentido da frase.”

Frases como “É proibido entrada” ou “É necessário paciência” são consideradas gramaticalmente aceitáveis, apesar da aparente incorreção na concordância. A justificativa reside no fato de que o adjetivo concorda com a ideia subentendida, não com o substantivo explícito. Em “É proibido entrada”, o subentendido é “É proibida a entrada”.

“Em alguns casos, a concordância se dá com a ideia, e não com a forma gramatical.”

Concordância Verbal em Construções com Verbos Pronominais, Transitivos Diretos e Indiretos

Verbos pronominais exigem a concordância do verbo com o sujeito, mesmo que este seja um pronome oblíquo. Exemplo: “Eu me arrependo”, “Nós nos arrependemos”. Já nos verbos transitivos diretos e indiretos, a concordância verbal se faz com o sujeito da oração. Se houver mais de um objeto, o verbo concorda com o sujeito. Exemplo: “Enviei-lhe as cartas” (sujeito: eu; objeto indireto: lhe; objeto direto: as cartas).

A concordância, portanto, é feita com o sujeito “eu”. A correta identificação da função sintática dos termos da oração é crucial para a concordância verbal precisa.

Em resumo, dominar a concordância verbal e nominal, bem como a conjugação de verbos, é fundamental para uma escrita impecável. Este guia forneceu as ferramentas necessárias para navegar pelos meandros da gramática portuguesa com mais confiança. Lembre-se: a prática constante é a chave para a internalização dessas regras e para o desenvolvimento de uma escrita fluida e precisa.

Continue praticando e aprimorando seus conhecimentos, e você verá a diferença em seus textos!

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Last Update: November 15, 2024